ACESSEHANDEBALL

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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Confederação Brasileira de Handebol não renova convênio com Hypo Nö para próxima temporada

Santo André (SP) - A Confederação Brasileira de Handebol decidiu não renovar o convênio que tem em vigor com o clube austríaco Hypo Nö, que hoje conta com oito jogadoras brasileiras em seu elenco, incluindo seis campeãs mundiais, e que também é treinado pelo técnico da Seleção, o dinamarquês Morten Soubak. O acordo, viabilizado por um aporte financeiro anual por meio do Comitê Olímpico Brasileiro, para contribuir com o desenvolvimento do handebol feminino, foi firmado em 2011 e segue até junho, porém, nos moldes que está sendo conduzido, não condiz com os objetivos atuais da instituição e nem das atletas, que após a conquista do título estão mais valorizadas.
O COB reafirmou a parceria para o repasse dos recursos financeiros anuais para a manutenção do convênio, porém, para seguir com ele, a CBHb fez algumas exigências ao clube, que não aceitou as condições. Entre elas estava a contratação de um maior número de jogadoras para a equipe, com o objetivo de não sobrecarregar as brasileiras durante jogos e treinos e um salário mais alto e mais condizente com o mercado atual das atletas, pois todas elas já receberam propostas de outras equipes. "Hoje, o Hypo nos oferece uma excelente estrutura física e a possibilidade de que nossas atletas treinem, joguem juntas o ano todo e participem de importantes campeonatos na Europa, no entanto, o clube contou com poucas jogadoras nesta última temporada, sobrecarregando as nossas atletas que estão lá. Além disso, com um elenco reduzido, foi impossível fazer com que a equipe se classificasse para as finais da Champions League, o campeonato mais importante do Continente, que é o objetivo de todo grande atleta de handebol que atua na Europa", explicou o presidente da CBHb, Manoel Luiz Oliveira, lembrando que nas duas últimas temporadas, o Hypo foi eliminado na primeira fase da competição e teve que disputar a Winner's Cup, a qual foi campeão no ano passado.
Com isso, as atuais integrantes do Hypo Nö estão livres para aceitar outras propostas, como foi o caso da goleira Bárbara Arenhart, melhor em sua posição no Mundial da Sérvia, que já fechou contrato com o Baia Mare, da Romênia, para a próxima temporada.
Mesmo com a não renovação com o Hypo, a CBHb mantém o interesse em firmar um novo convênio com outro clube europeu. "Entendemos que a parceria foi um fator importante para o desenvolvimento do handebol feminino até aqui e grande responsável pela conquista da medalha de ouro inédita no Campeonato Mundial. Com isso, estamos avaliando se vale a pena buscarmos outra equipe que tenha interesse em fazer esse acordo e de atender as nossas expectativas", acrescentou o presidente.   
Até esta temporada, o Hypo conta também com a pivô e capitã da Seleção Brasileira, Fabiana Diniz, a Dara, com a ponta direita Alexandra Nascimento, com a armadora Deonise Cavaleiro, a ponta Fernanda França e a central Ana Paula Rodrigues, todas campeãs mundiais, além das jovens Carolline Minto e Franciele Gomes da Rocha.
Fonte: Confederação Brasileira de Handebol.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Participantes do Acampamento Nacional recebem dicas de campeã mundial

Santo André (SP) - Servir de exemplo faz parte da rotina de um atleta campeão. A tarefa, no entanto, não é levada como uma obrigação e sim como um prazer para a central Mayara Moura, integrante da Seleção Feminina de Handebol, campeã do Mundo, em dezembro, na Sérvia. Esta semana, ela teve uma experiência muito recompensadora, ao visitar e fazer um bate-papo com as 82 participantes do Acampamento Nacional de Desenvolvimento e Melhoria Técnica da categoria Juvenil Feminina, realizado no SESI-SC, em Blumenau (SC), até o próximo sábado (15).
"Fiquei muito feliz por ter estado nesse Acampamento. Fez com que eu relembrasse dez anos atrás quando era Juvenil e já fazia parte da Seleção dessa categoria", citou Mayara, que passou dois dias conhecendo o trabalho feito em Blumenau. 
Participar do Acampamento, estando do outro lado, fez com que a paranaense fizesse praticamente uma viagem no tempo. "Receber o carinho dessas atletas e saber que sou exemplo para elas é muito bom. Isso também me faz lembrar quando eu era mais nova, quando comecei a jogar em Marialva (PR), com meu pai como técnico. Tive sorte por ter equipes adultas masculinas e femininas, nas quais eu pudesse me espelhar. Isso foi muito importante para o meu crescimento dentro do handebol." 
A central comentou sobre a importância de ações como a dos Acampamentos, realizados pela Confederação Brasileira de Handebol, em parceria com o Ministério do Esporte. "Acho ótima essa ideia dos Acampamentos para as categorias de base. Lá, podem ser descobertos talentos, que muitas vezes ficam escondidos em clubes ou cidades pequenas e mais afastadas, que não têm condições de participar das competições que existem nas categorias", lembrou.
Durante as atividades, as participantes fazem treinamentos, jogos, assistem a vídeos e palestras, tudo pensando na melhoria da qualidade técnica, não só das que estão no Acampamento, mas para que elas também possam repassar o conhecimento adquirido a outras jogadoras em seus Estados. Para a campeã do Mundo, esse trabalho promete um grande desenvolvimento para a modalidade no Brasil. "É muito importante investir na base também porque ela é o futuro do handebol. Hoje o handebol feminino brasileiro é campeão do Mundo, mas ainda não temos o melhor handebol do mundo dentro do País, mas sabemos que todos estão trabalhando muito para isso. É preciso investir na base para que ele continue crescendo no cenário internacional, além de dar sequência ao crescimento que o handebol brasileiro vem conseguindo."
FONTE: Confederação Brasileira de Handebol.